Chá de maçã (claro)

Não tenho um Mac, um Iphone, um Ipad ou se quer um Ipod. Não passo os dias a sonhar com eles.
Não aguardo as conferências da Apple - em que revelam as "últimas coca-colas do deserto" - como os miúdos esperam pelo Natal e em que a única coisa que se vê é uma "eutanásica" barra de "loading".
Não sou cliente, aficionada, nem tenho qualquer devoção supra-humana à Apple ou ao Steve Jobs.
Quando faleceu, vítima de doença prolongada, não senti mais pena do que a habitual pena dos que morrem e são inteligentes. 
O epidémico milhão de fotos de uma maçã dentada que circularam pelo facebook e outras que tais, nesse dia, não me entusiasma. O meu nível de excitação e adesão a esse tipo de manifestações é zero. Uma rosinha no início do "nickname" do quase-extinto Messenger não ajuda a fome em África.
Em Madrid, vi numa montra, ao lado da foto do Steve, um ipad com uma aplicação de velinha, que se acreditava eternamente, acesa. Mas como o Steve pensou em tudo, se para lá for lançada uma sopradela, a vela apaga-se.
Não lhe nego o mérito nem nada do que lhe é devido. Não sou dos que odeiam os "porcos capitalistas" ou que acham que a destruição do mundo vem de uma maçã mal comida. Só não me apaixonei.
Ainda assim, acho que o mui falado discurso da "lost sister" do Steve é digna de se ler. 
Sem grandes paixões, sem que chorem as pedras da calçada. Só ler.

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